CEPESE CEPESE | CENTRO DE ESTUDOS DA POPULAÇÃO, ECONOMIA E SOCIEDADE

A Câmara Municipal do Porto e a construção do espaço urbano da cidade (1820-1860)


A | B | C | D | F | G | H | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X


Visconde de Beire
1831-06-26
Trataram-se de vários objetos respeitantes à receção que a cidade tem de fazer ao Duque de Lafões. Foram aprovados os riscos dos arcos ou pórticos apresentados por Joaquim da Costa Lima Sampaio para regularem os que serão colocados no princípio da Rua Nova de S. João, próximo à Feitoria dos Ingleses e na entrada da casa do Visconde de Beire, sita no Campo de Santo Ovídio, na qual se hospedará o Duque de Lafões. Encarregou-se o Procurador da Cidade de promover a construção dos mesmos arcos e "de todas as mais coisas tendentes a solenizar-se de uma maneira digna" a entrada do referido Duque nesta cidade.
¶ Encarregou-se o vereador José de Sousa e Melo de dirigir o arranjo e preparo da sobredita casa do Visconde de Beire.
1839-01-12
Um ofício da comissão encarregada de levar a efeito o monumento dedicado ao Duque de Bragança, mostrava a impossibilidade de uma subscrição e lembrava ser o único meio, para angariação de dinheiro, a imposição antiga dos géneros despachados na Alfândega, aplicando-se dela a quarta parte para as despesas do monumento. Deliberou-se responder que ficava tomado em consideração.
¶ Ofício de Manuel Vicente de Araújo Lima, no qual se prontifica a entrar no cofre municipal com a quantia de 60$000 réis por conta da subscrição para a obra da Rua da Fonte Taurina. Resolveu-se continuar com a dita obra, visto que os que haviam promovido a subscrição se responsabilizavam pelo resto dela, autorizando-se o vereador fiscal para esta obra e para tratar da efetiva entrada no cofre do resto da mesma subscrição.
¶ Convidaram-se os facultativos da saúde para comparecerem à sessão de hoje, e, tendo comparecido, foi-lhes proposto pelo Presidente se o estabelecimento da fábrica do tabaco infecionava o ar com o fumo do tabaco, com risco da saúde dos moradores, ao que responderam que, numa situação de contínua exposição, seria prejudicial à saúde, o que responderiam por escrito se necessário fosse; e então decidiu a Câmara que se lhes oficiasse nesta conformidade.
¶ Deliberou-se dirigir uma carta ao Visconde de Beire, remetendo-lhe a planta da nova projetada rua que, do Campo de Santo Ovídio, irá desembocar a Cedofeita.
1839-01-26
Ofício da Administração Geral remetendo por cópia a portaria do Ministério do Reino de 16 do corrente mês, resolvendo não ter lugar a representação da Câmara de 19 de dezembro último sobre a remoção do paiol da pólvora existente na Quinta do Prado do Bispo.
¶ Ofício do Presidente do Município de Viana pedindo a planta para o cemitério desta cidade. Mandou-se remeter uma cópia.
¶ Ofício do cirurgião da saúde, dando o seu parecer sobre a existência da fábrica do tabaco.
¶ Ofício do Visconde de Beire declarando que se oporia à abertura da nova rua pela sua propriedade "usando todos os meios legais para esse fim".
1840-04-29
Ofício do diretor da Alfândega pedindo que os mestres das obras públicas concorram com o arquiteto em objeto que lhe fora incumbido. Deliberou-se responder que a Câmara ficava inteirada e estavam dadas as ordens aos mestres para se prontificarem ao que o mesmo diretor exigisse.
¶ Oficiou-se ao Visconde de Beire para permitir que o jardineiro da municipalidade pudesse ir fazer enxertos à sua quinta no Campo da Regeneração, nas árvores chamadas "magnólios, azereiros e láureos régios", que a Câmara desejava plantar em diversos sítios da cidade.
1842-11-23
Ofício do diretor Interino da Academia do Museu, requisitando o conserto do telhado do edifício em que estava colocada a aula de Pintura. Deliberou-se responder que a Câmara autorizou o vereador fiscal para mandar proceder aos reparos necessários pelos operários que ali andavam.
¶ Ofício do Visconde de Beire, ponderando a necessidade de ser incluída no orçamento a verba relativa à continuação da obra no edifício de S. Lázaro, que, por várias vezes, tinha requisitado, a fim de concentrar em um só local as diferentes aulas e estabelecimento relativos à Academia das Belas Artes. Respondeu-se que, embora a Câmara desejasse continuar a referida obra, nada podia fazer sem que, pelo poder legislativo, fosse resolvida a representação que a Câmara lhe dirigiu para ser revogado o artigo 2.º da Carta de Lei de 30 de julho de 1839.
1845-04-02
Ofício do Visconde de Beire, como Subinspetor da Academia das Belas Artes, acusando a receção do ofício que se lhe dirigia com data de 15 de março e ponderando não ser possível remover do local em que se achava a aula de Núcleos urbanos, para se prevenirem os inconvenientes que a Câmara com razão receava, a menos que se lhe ministrasse uma casa apropriada. Ficou dependente de ulterior resolução.
¶ Leu-se uma proposta feita à Câmara pelo cidadão Veríssimo Alves Pereira, que se propunha colocar uma meridiana no local que a Câmara designasse, servindo para regularidade dos relógios de toda a cidade. Ficou tomada em consideração para se deliberar oportunamente.
¶ O Presidente deu conta da proposta que lhe havia feito o cidadão António Ferreira Pinto Basto, o qual cedera gratuitamente para o Município a terça parte da água que possuía nas suas propriedades, sitas no Fojo de Cima, para se colocar uma fonte na Praça das Flores, freguesia de Bonfim, ficando-lhe pertencendo as vertentes, ou havendo algum ajuste a este respeito. Deliberou-se que, antes de qualquer deliberação, tivesse lugar uma vistoria.
1847-09-01
O vereador fiscal deu conta de haver conferenciado com o Visconde de Beire sobre o corte do muro da sua quinta a fim de se alinhar a Rua da Boavista, ao que ele anuíra de bom grado.